quarta-feira, 27 de abril de 2011

Nome social? O que é isto?

Queridos leitores, inicio este post, esclarecendo que não me considero uma pessoa preconceituosa, tenho parentes e amigos gays, pessoas que fizeram e fazem parte da minha vida e devo muito respeito, por isso me sinto muito à vontade em estar escrevendo e colocando meus pontos de vista. Afinal, vivemos em um país que nos garante a liberdade de expressão!
Esses dias no meu trabalho, me deparei com uma situação nova. Tratava-se de um travesti internado que agredia a todos que o chamavam pelo nome que constava em seus documentos, ele exigia que o chamassem de pelo nome feminino do qual adotou. Este mesmo paciente, teve que ser internado na ala feminina, o que gerou um grande desconforto para as demais integrantes da ala. Diante desta situação, fui perguntar a chefia porque todos os funcionários o chamavam pelo nome feminino e não pelo nome do qual realmente foi registrado, então, me explicaram que se tratava do NOME SOCIAL, que estava em vigor, luta antiga e já adotada em outros estados.
Segundo o Wikipédia, Nome social é o nome pelo qual pessoas com transtorno de identidade de gênero (transexuais e travestis) preferem ser chamadas cotidianamente, em contraste com o nome oficialmente registrado que não reflete sua identidade de gênero. 
Ok! Homofobia é crime, concordo em gênero, numero e grau. Só que não devemos esquecer é que em nossa constituição, quando temos filhos, o médico deve declarar o sexo e todos os documentos exigem este mesmo dado. Agora pergunto, pra que? Acho justo a pessoa que fez cirurgia de sexo mudar seu nome, afinal, agora não é mais homem, ou mulher! Mas pessoas que gostam de se vestir de mulher/homem ou se sentem como tais? 
Devemos também considerar que nem todo mundo quer compartilhar banheiro com uma pessoa do sexo oposto. Muito menos em uma instituição hospitalar, onde já nos sentimos desconfortáveis, sem privacidade, compartilhar do mesmo quarto com a pessoa do sexo oposto não dá! Fica aqui meu questionamento aos Direitos Humanos...Onde começa o direito do próximo e termina o meu? Engraçado é que eu gostaria de tirar um sobrenome que tenho e não me faz bem, eu ia entrar com o processo, mas a burocracia é tão grande e o tempo é tão longo, que achei melhor desistir. Tanta coisa pra ser discutida, tanta lei pra ser aprovada, tantas enchentes, tantos apagões, tantos crimes... 
Enfim, gosto, ideais e opinião, cada um tem a sua e deve-se respeitar, isso o direitos humanos não pode impedir!

Ilha do Medo

Filme que estreou no em Março deste ano, tem como protagonista Leonardo Di Caprio. Dirigido por Martin Scorsese o filme retrata uma história no ano de 1954, onde dois agentes federais investigam o sumiço de uma prisioneira de alta periculosidade numa Ilha que serve de presidio psiquiátrico. No entato, a Ilha e a trama envolvem vários mistérios, que só são esclarecidos no final do filme. Suspense do início ao fim. Este filme é uma boa pedida tanto para os amantes de filmes policiais, quanto para os admiradores dos temas psicológicos. Diriamos que o filme revela fatores que podem alterar nossos pensamentos, nossa senso-percepção, entre outros. Mostra também um pouco da história da psiquiatria, métodos e conceitos. Martin Scorsese também brinca com a fotografia, se você assistir, observe o clima e a cor da paisagem durante o filme e ao final do filme.Vale a pena conferir!

terça-feira, 19 de abril de 2011

O que faz você feliz?

O que te faz feliz? O que é felicidade para você? Ter filhos? Ser profissional de excelência? Estar com os amigos? Conquistar um grande amor? Ter dinheiro e fama? Enfim, as respostas podem ser inúmeras, porém, quantos de nós já alcançamos algumas questões acima, ou outros, já preencheram todos esses quesitos e mesmo assim se sentem infelizes ou incompletos? A humanidade corre atrás da felicidade desde que o mundo existe, as respostas de como alcançar a felicidade e as fórmulas definitivamente não existem! Somos seres racionais e emocionais, onde cada um tem seu próprio desejo e suas particularidades, nos cabe então passar a refletir sobre nossas atitudes e visualizar a forma que encaramos nossa vida e o que gira em torno dela. De repente, o que falta é tirarmos o foco de nós mesmos e ajudar o próximo. Isso é um ótimo exercício para a alma e para o coração.
Segundo Daniel Gilbert, professor de psicologia da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que estuda a felicidade há mais de duas décadas, conceitua a sensação de bem-estar: “É difícil dizer o que é, mas sei quando eu a vejo. É simplesmente se sentir bem”. Em suas pesquisas e livros sobre o tema, Gilbert mostra o que teimamos em não perceber no dia-a-dia: a felicidade não é uma sensação eterna, é um estado de êxtase, daqueles que se atingem nos momentos de extremo prazer.
Estar feliz ou triste é um ir e vir. Apesar de difíceis, os processos de infelicidade também funcionam como um momento para amadurecer, pensar e repensar as atitudes, os projetos.

Não há respostas concretas, mas há pistas do que leva até ela. O filósofo grego Aristóteles afirmava, há mais de dois mil anos, que a felicidade se atinge pelo exercício da virtude e não da posse.

Segundo o psicólogo israelita Daniel Kahneman, da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, passamos a julgar nossa felicidade não pela situação atual, mas pela perspectiva de melhorar de vida no futuro. A conclusão de Kahneman faz parte de um estudo feito nos últimos anos sobre o modo de viver dos americanos. Há meio século, o sonho de uma família de classe média era ter a casa própria, um carro na garagem e pelo menos um filho na universidade. Os dados mostram que o sonho americano se transformou em realidade. E, apesar de alcançar seus objetivos, esse povo não se considera satisfeito ou feliz.

A felicidade não é permanente porque não dá para estar bem o tempo todo. Mas também não precisa ser uma eterna projeção.

De acordo com os inúmeros estudos e experiências, existem oito fundamentos para a felicidade baseada nos valores:
  •                    Necessidade de contato e ligação com as outras pessoas
  •                    Um senso de autonomia (caracterizado por independência pessoal e controle)
  •                    Necessidade de auto-estima
  •                    Um senso de competência
  •                    Um senso de propósito
  •                    Ligação funcional com o próprio corpo
  •                    Conexão com a natureza e animais
  •                    Espiritualidade

"O pior cárcere não é o que aprisiona o corpo, mas o que asfixia a mente e algema a emoção"
Lembre-se: amar é sempre bom, dançar libera a mente e o corpo, abraçar pode curar um coração ferido, sorrir exercita os músculos da face e desabrocha corações, mude a cor dos cabelos, se mude se necessário, esteja onde se sentir bem, mas acima de tudo, aprenda a conviver com você! Conheça o seu eu, tenha seus momentos de silêncio. Dai por diante, busque seu caminho com franqueza com toda destreza para não atropelar ninguém!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dicas para dias mais relax!

A ansiedade está presente na vida de todos nós, o corre-corre do dia-a-dia, contas a pagar, filhos, casa, enfim, temos muitas coisas para administrar e isso nos deixa ansiosos, além das nossas próprias inseguranças e medos. A ansiedade também pode se dar diante de algo positivo, uma viagem programada, a chegada de um bebê, a proximidade da tão sonhada promoção no emprego e por ai vai...
Ontem no meu trabalho recebi um prospecto da Roche farmacêutica com dicas de relaxamento com a finalidade de minimizar os efeitos fisicos que a ansiedade nos causa. Então, achei interessante e resolvi postar aqui!

1) Aprenda a relaxar. As técnicas de relaxamento são úteis em relação a todos os sintomas ansiosos. Uma maneira prática de fazer isso: feche os olhos e percorra toda musculatura do corpo, contraindo-a e relaxando-a em seguida. Comece pelo pé e vá passando gradativamente para as outras partes até chegar à cabeça. Isso pode ser feito na posição sentada ou deitada. Fique atento à sua respiração.

2) Respirar é algo tão automático na nossa existência que poucos imaginam o quanto este ato tão simples está relacionado à ansiedade. A respiração ansiosa é curta, concentra-se no peito. Por isso, mesmo no decorrer de uma crise de ansiedade, é necessário que se procure uma respiração completa e profunda. Para isso, inspire o ar até que a barriga fique cheia como um balão de ar. Depois, expire lentamente até sentir se totalmente "vazio". Repita o procedimento quantas vezes forem necessárias.

3) Praticar esportes ou simplesmente caminhar são recursos úteis na diminuição da ansiedade e do estresse. Tente praticar algum esporte pela manhã. Faça isso sempre que possível mas não exagere. O exercício compulsivo pode ter o efeito inverso.

4) Evite café, cigarro, bebidas do tipo cola e outros estimulantes. Estas substâncias aumentam a ansiedade e desencadeiam ataques de pânico. Entretanto, o momento em que se inicia um tratamento para ansiedade não é o melhor momento para parar de fumar. A parada brusca do cigarro leva aos sintomas de abstinência que piorarão a sua ansiedade.


5) Se você tiver interesse em técnicas de meditação, saiba que lhe serão extremamente úteis no controle da ansiedade. A meditação, seja ela Yoga ou religiosa, orienta a experiência do momento presente, trabalha a respiração e facilita o contato consigo mesmo.

6) As pessoas ansiosas costumam ter pensamentos catastróficos a respeito de toda e qualquer situação. Observe seus pensamentos e, se lhe parecerem excessivamente catastróficos, anote-os e procure uma interpretação mais realista da situação.

7) Se sua ansiedade tiver começado após a vivência de uma situação traumática como assalto, estupro, etc., você deve procurar ajuda para enfrentá-la. Neste caso, evitar as situações relacionadas à experiência traumáticas também só piorará sua ansiedade e limitará sua vida.

8) Se a ansiedade é fóbica, ou seja, medo de um objeto ou situação que o obriga a evitá-la e acaba por limitar sua vida, é importante lembrar que o único meio de lidar com o problema é enfrentando-o. Evitar uma situação temida só colabora para que a ansiedade em relação a ela seja cada vez maior. Se, aos poucos, enfrentamos estes "fantasmas" e nos reconhecemos capazes de lidar com eles (respirando fundo, por exemplo), o medo diminui e nos sentimos mais seguros. O que tecnicamente é conhecido como "terapia de exposição" consiste no planejamento desta aproximação à situação temida e a ansiedade associada a ela.

9) Se a ansiedade é imensa e desencadeia ataques de pânico, não se apavore. O ataque de pânico é uma reação fisiológica que, por mais terrível que seja, vai embora num tempo determinado. Se você enfrentar o ataque de pânico, ou seja, apenas esperar que ele acabe, verá que seu tempo de duração não é tão longo quanto se imaginava. Respirar e relaxar são recursos que ajudam a suportar estes minutos tão difíceis. Não acredite que evitando as situações onde você imagina que terá um ataque de pânico vai ajudá-lo a livrar-se dele. O melhor a fazer é dar-lhe a devida proporção: é "apenas" uma descarga de adrenalina que não mata, nem deixa seqüelas e dura poucos minutos.

10) Quando a ansiedade aumenta em situações sociais, a melhor maneira de lidar com ela também é enfrentá-la. Não deixe de estar com pessoas por medo de uma crise de ansiedade. Nestas situações, é possível utilizar outros recursos apropriados:
  • procure prestar atenção nas pessoas à sua volta. Tire o foco de si mesmo e pare de criticar-se. As demais pessoas podem ser interessantes e certamente também estão vulneráveis a críticas.
  • se perceber que está ruborizado, suando ou tremendo, lembre-se de que estes sinais são mais perceptíveis para você do que para os demais. Além disso, ficar ansioso não é sinal de fraqueza e não precisa se envergonhar disso. Assim como ataques de pânico, em poucos minutos estas sensações mais intensas cedem e desaparecem.
  • aprenda a colocar sua opinião sempre que tiver algo a dizer. Participe. Falar em público e expor suas idéias é uma questão de treino.
 Não dificulte sua própria vida! Que seus momentos possam ser curtidos com sabedoria! Reflita e relaxe! Todos nós precisamos!


sábado, 9 de abril de 2011

Wellington, o atirador da chacina em Realengo RJ

Este foi o assunto mais discutido durante esta semana em todo Brasil, assunto que comoveu à todos nós. Foram diversas as discussões a respeito do que se passou na mente de Wellington. Tanto na mídia, quanto na internet, li e ouvi comentários de pessoas das mais diversas classes e profissões. Embora ele tenha morrido, o que dificulta descobrir a verdadeira motivação que o levou a tal fato, não podemos ser levianos em classificar este individuo como um sujeito “normal” que praticou um crime por pura maldade, vingança ou possessão demoníaca. Devemos sim, olhar para todos os sinais que ele deixou como pista, digo, sua história de vida, seu contexto familiar, amigos, origem, hábitos incomuns (considerando a cultura onde vivemos), como lidava com as perdas, enfim, traçar o perfil geral desta pessoa. O psiquiatra forense Guido Palomba, o classificou, após estudar esses aspectos relatados acima e a carta que Wellington escreveu, que o assassino da Escola em Realengo era Esquizofrênico.
Trabalho com psiquiatria há alguns anos e posso afirmar com propriedade que as pessoas portadoras desta doença mental não são letais à sociedade, elas apenas necessitam de tratamento, e quanto mais rápido for diagnosticado, melhor é a qualidade de vida desta pessoa e dos que estão ao seu redor. Falo de tratamento não manicomial, tratamentos contínuos, terapêuticos e farmacológicos. Para a facilitação do diagnóstico e tratamento, precisamos unicamente do “olhar” desta família. A família como já sabemos, é a base, deveria ser constituída por pessoas que nos criam e nos direcionam neste mundo. Entretanto, na maioria de casos como este, isto não ocorreu. Onde estão os integrantes da família de Wellington? Será que nunca estranharam as atitudes dele? Por que ninguém procurou ajuda? Segundo o Jornal da Globo da Rede Globo de Televisão, do dia 08/04/2011, a maioria dos casos de chacinas semelhantes a esta cometida por Wellington, os familiares haviam sido informados pelo causador ou notavam comportamentos atípicos. Este dado nos deve fazer refletir de como olhamos para os que estão ao nosso redor. Estamos em pleno século XXI, já se foi a época que falar o nome câncer era proibido, ridículo ou inocente demais é achar que somos imbatíveis, que doenças, transtornos e mortes só atingem os outros. Quando foi a última vez que você conversou com seu filho? Você procura saber como são as relações e comportamento dele na escola ou no trabalho? Você impõe limites? Como ele reage às perdas? Essas e outras questões são importantíssimas tanto na formação de caráter de qualquer individuo, como na identificação de reais problemas. Enfim, vivemos em uma sociedade. Viver em sociedade significa: viver junto em um mesmo lugar, onde cada um desempenha seu papel sem prejudicar os demais. Por tanto, estejamos atentos! Doenças como a esquizofrenia, não aparecem de uma hora para outra, elas dão sinais ao decorrer de um tempo antes que chegue a crise. Não estou colocando a culpa nos familiares do Wellington, sei da dificuldade em lidar com pessoas portadoras de doenças mentais, cuja inteligência é preservada, acho que o Governo tem grande parcela de culpa, pois de onde saíram as armas? Porém, quem elege os governantes, felizmente ou infelizmente, somos nós.
Como diria Roberto Carlos: “Quem espera que a vida seja feita de ilusão, pode até ficar maluco, ou morrer na solidão. É preciso ter cuidado, pra mais tarde não sofrer. É preciso saber viver!”

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Afinal, quem é saudável?

A Organização Mundial de Saúde (OMS), define SAÚDE como: o estado completo de bem-estar, fisico, mental e social. Isso mesmo que vocês leram! Esse foi o ponta-pé inicial para que eu fizesse este blog e compartilhasse com vocês esta minha inquietação! Quem é saudável?
Os dias atuais são preenchidos de informações, carga horária intensa de trabalho, cobranças, conflitos econômicos e familiares, trânsito caótico, violência, enfim...
Como encarar tudo isso sem adoecer? De que forma devemos olhar para este mundo? Por que as pessoas hoje adoecem tão facilmente? Onde estão nossos valores? De que forma olhamos para nós mesmos?
Não detenho todas as respostas, nem tenho o objetivo de transformar este espaço em lugar de auto-ajuda, mas a verdade é que não podemos ignorar a condição mental em que nos encontramos diante de todos esses estimulos negativos. Quero apenas expor alguns assuntos de nossa atualidade para que possamos juntos refletir sobre nossa Saúde Mental que consequentemente gera agravos ao nosso estado fisíco e social.